20 novembro 2011

O Jovem e a Música Gospel~ Definição de Música Gospel

a. Definição da palavra
1) A palavra gospel é do inglês, mas sem ter sido usada pelos americanos para designar o mesmo estilo de música, ela significa literalmente evangelho, sendo um estrangeirismo trabalhado pelos próprios brasileiros dos anos de 1990, quando no Brasil aconteceu um fenômeno de crescimento dos evangélicos, que passaram de 9% em 1991 para 13% em 2001 (IBGE).
2) A expressão música gospel designa especialmente um estilo musical religioso, proveniente de artistas de fé evangélica, distinta de outros grupos e estilos musicais como pop rock, música sertaneja, música romântica, etc. Apesar disso, dentro da música gospel brasileira é possível achar todo tipo de estilo musical, com a diferença de que a letra dessas músicas em estilos variados possuem uma mensagem bíblica ou doutrinária.
b. O movimento
Deste modo, podemos afirmar que a música gospel é mais do que um estilo musical, mas é uma sub-cultura, uma tribo, um gueto social que tem seus símbolos, valores, heróis e História. Um grupo musical da linha gospel pode ter seu site, seu fã clube, suas camisetas, agendas, cadernos, seus CDs, DVDs, etc. O movimento gospel possui expressão em revistas, programas de TV, rádios, shows, prêmios, festivais, programas de calouros, etc.
c. Características da música gospel
Podemos assim listar algumas características da música gospel:
1) Pressupõe que toda música é neutra e que somente a letra torna a música boa ou má ['da igreja' ou não].
2) Adota todos os métodos encontrados na música artística popular por não achá-los errados em si. Todo o uso de recursos de palco, de programação, de visual, de posicionamento, de luz, de apresentação é o mesmo de qualquer outro artista secular.
3) É uma música comercial. Possui todo o processo de comercialização envolvido na música secular.
a) A banda tem um empresário que negocia com produtores de eventos o cachê do grupo para ir tocar em certo lugar. Os produtores farão a divulgação, decidirão quanto será o ingresso, providenciarão os equipamentos requeridos, a segurança e lucrarão com a apresentação da banda. Uma nota sobre isso: em muitos eventos, não são produtores evangélicos que estão promovendo os concertos de música gospel .
b) Um grupo pode ter um contrato com uma gravadora, que possui contrato com músicos seculares também, e este grupo terá que cumprir as exigências de contrato. Uma das exigências pode ser ter que tocar em eventos que não são necessariamente evangélicos e em lugares onde ocorrem shows de música secular [ e correndo o risco de ter que trabalhar no santo dia do Senhor].
c) Além disso, a música gospel é comercial no sentido de preocupar-se especialmente em ser vendável. A pergunta principal para escolha de uma faixa de um CD, do estilo musical de um grupo, do visual com que aquele grupo se apresenta, não é se esta música, estilo ou roupa edifica o corpo de Cristo, mas se aquelas decisões farão com que aquele projeto dê um bom retorno financeiro, fazendo com que a carreira daqueles músicos seja alavancada ou não.
d) Quando os músicos evangélicos mais ligados a esta filosofia da música gospel são questionados a respeito desse comercialismo na música cristã, a resposta é: “Digno é o trabalhador do seu salário! Sou músico e sou um profissional, preciso de sustento para viver. O que há de errado em ganhar dinheiro com aquilo que faço?”.
4) A música gospel possui um fervor evangelístico notório que se manifesta em duas vertentes:
a) A vertente que se utiliza da música característica de um grupo social para atingir aquele grupo social com o evangelho.
b) A vertente que entende ser uma conquista do reino de Deus quando um cantor evangélico começa a usar um estilo musical que antes era utilizado para mal, utilizando-o agora para edificar as vidas dos irmãos.

Artigo adaptado do site musicaeadoracao.com.br, fique ligado na postagem de amanhã sobre a relação da música gospel e o jovem cristão!

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